Um elefante vai pisar em uma formiga... Quase! Assim é a saudade. O coração aperta até quando a gente acha que ele vai rachar. Aí, de repente, alivia. Mas também existe saudade sem cura, que vive para sempre. Vive para sempre porque houve morte. Morte de alguém querido, da felicidade que não volta, do momento inesquecível, morte daquilo que foi.
Mas a saudade dela era estranha, se alimentava do futuro, de tudo que nem havia vivido. Era como se a convicção da conquista fosse tão grande, que transformava todo porvir em passado. O coração já apertava pensando nos últimos momentos deles antes dela partir. Sentia saudades das esquinas que continuava passando todos os dias. Pensava, com saudade, nas rotineiras conversas que tinha com a mãe, antes de dormir. Seriam as últimas?
Deitada na cama, tentava prever como seria seu futuro colchão. Dificilmente encontraria molas tão confortáveis quanto aquelas. Mas isso não importa, a nova vida, noutro lugar, faria com que todos os poréns valessem a pena. Disso ela tinha convicção, que também era acompanhada de um certo medo, normal, penso eu.
Nunca havia morado longe dos pais e, apesar de sempre ter almejado o mundo, sempre foi muito provinciana. Saiu poucas vezes do Brasil, fez viagens menos ousadas do que desejava. Nunca pulou de uma pedra de cachoeira, pois sua mãe lhe dizia que não. Jamais deu ou pegou carona com estranhos, temendo seqüestros, estupros ou outras maldades possíveis.
Sua ousadia sempre foi milimetricamente calculada. Elaborava estratégias, táticas, tudo para alcançar a meta proposta. E conseguia, foi sempre assim. Desta vez, não sabia se sua partida seria em dias, meses ou anos. Mas já sentia saudades de tudo.
Mas a saudade dela era estranha, se alimentava do futuro, de tudo que nem havia vivido. Era como se a convicção da conquista fosse tão grande, que transformava todo porvir em passado. O coração já apertava pensando nos últimos momentos deles antes dela partir. Sentia saudades das esquinas que continuava passando todos os dias. Pensava, com saudade, nas rotineiras conversas que tinha com a mãe, antes de dormir. Seriam as últimas?
Deitada na cama, tentava prever como seria seu futuro colchão. Dificilmente encontraria molas tão confortáveis quanto aquelas. Mas isso não importa, a nova vida, noutro lugar, faria com que todos os poréns valessem a pena. Disso ela tinha convicção, que também era acompanhada de um certo medo, normal, penso eu.
Nunca havia morado longe dos pais e, apesar de sempre ter almejado o mundo, sempre foi muito provinciana. Saiu poucas vezes do Brasil, fez viagens menos ousadas do que desejava. Nunca pulou de uma pedra de cachoeira, pois sua mãe lhe dizia que não. Jamais deu ou pegou carona com estranhos, temendo seqüestros, estupros ou outras maldades possíveis.
Sua ousadia sempre foi milimetricamente calculada. Elaborava estratégias, táticas, tudo para alcançar a meta proposta. E conseguia, foi sempre assim. Desta vez, não sabia se sua partida seria em dias, meses ou anos. Mas já sentia saudades de tudo.